terça-feira, 16 de dezembro de 2014

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

trova 84

Sentimento não se explica,
é coisa que, vez em quando,
pega a gente, bate e fica
no peito, inquieto, atiçando...

terça-feira, 18 de novembro de 2014

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Insônia

No sonho, a noite fugaz...
De repente, a madrugada,
o canto de um Sabiá,
a chuva, lá na calçada,
um pedaço de vontade
e a lágrima controlada...

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Depois de tudo

Depois do verso, o reverso.
Depois do amor, essa dor.
Depois do imerso, o disperso.
Mas tenho a flor de compor!

E do reverso, outro verso.
E dessa dor, meu amor.
Disperso o resto onde imerso
usei compor desta flor.

Reviravoltas em série
hão de cumprir o destino;
hão de espalhar desatino,
em pleno sol de intempérie.

E só depois disso tudo
hei de saber se me iludo.

domingo, 24 de agosto de 2014

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

O que não se desfaz


Acabo de assistir ao clipe “Longe”, com o Arnaldo Antunes. Ele fala do longe dele e eu estou aqui com os meus longes. Um longe demais me dói. Me dói demais!

Fiquei pensando nas coisas que a gente não tem chance de desfazer. E descobri que são todas. Que todas as coisas feitas não poderão ser desfeitas. Dá até pra fazer diferente da próxima vez, mas não dá pra desfazer nada do que foi feito.

E como eu queria desfazer algumas coisas. Mas não posso. Não adianta ficar nisso. Quer saber? Já nem me lembro das coisas que queria desfazer. E na verdade acho que jamais quis desfazer algo.

Eu não vou viver pra sempre, mas o que eu fiz vai.

E a merda feita será pra sempre, assim como a bola dentro. E é disso que se trata: bolas dentro e bolas fora.

O Arnaldo Antunes se pergunta aonde foi parar. Depois pergunta onde está você. Diz que não pega celular, não passa carro, não tem notícias, e-mails, cartas. Que não tem porta ou janela pro tempo passar...

As minhas perguntas são outras. E embora eu também tenha cinco sentidos em mim, é um sexto que predomina e me domina: a saudade! Porque fiquei tão longe, longe, longe... Nisso sou como o clipe.

E as minhas afirmações também são outras. Acho. Tenho pertos também. Um pouco mais e um pouco menos. Tenho uns celulares, vejo uns carros, umas notícias, e-mails. Tenho portas e janelas, e o tempo passa. Passa de um jeito que não se desfaz.

sábado, 2 de agosto de 2014

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

quarta-feira, 30 de julho de 2014

terça-feira, 29 de julho de 2014

domingo, 6 de julho de 2014

quinta-feira, 3 de julho de 2014

terça-feira, 1 de julho de 2014

domingo, 29 de junho de 2014

trova 83

Todo dia um novo dia...
tramas do tempo que invento,
essa coisa que vicia...
O que fica é sentimento.

quinta-feira, 26 de junho de 2014

sábado, 21 de junho de 2014

haicai 103 (revisão)

início do dia...
cerração esconde o sol
e os vultos na rua

Revisei a postagem deste haicai (de 04/06/2014) para excluir a partícula "que" do segundo verso. Esta revisão decorre de aprendizado adquirido com o amigo José Marins, em um recente desafio (renga) de que participei, onde recebi comentários e ensinamentos valiosos do Marins. O "que" excluído dava um caráter demasiado explicativo, e não convinha à forma tradicional do haicai.

Acrescento que o haicai original foi escrito no outono do ano passado (2013), em uma manhã cerrada, quando me deslocava para o trabalho.

Agradeço ao Marins a oportunidade que me tem propiciado de aperfeiçoamento na arte do haicai, que tanto aprecio!


quarta-feira, 4 de junho de 2014

terça-feira, 27 de maio de 2014

sexta-feira, 23 de maio de 2014

quinta-feira, 22 de maio de 2014

quinta-feira, 8 de maio de 2014

nu

nu caminho em círculos
concêntricos na espiral
(não são meus os planos)

há uma via marginal
sobre o eixo um orifício

os anéis vazios
de tempo em tempo repletos
selos de vingança

completos passos (a herança)
nas paredes sobre as horas

em teto lunar
descaminhos descobertos
nu caminho em ciclos

quinta-feira, 1 de maio de 2014

sexta-feira, 25 de abril de 2014

trova 81

Se o poeta está na estrada,
a estrada é toda um poema,
onde a vida, bem versada,
não se prende a um teorema.

segunda-feira, 21 de abril de 2014

trova 80

onde amarro uma utopia
onde a brisa é minha cura
ao redor a ventania
é que toca essa loucura

terça-feira, 8 de abril de 2014

trova 79

passa longe um pensamento
e eu nem sei mais de onde vem
se é tocado pelo vento
ou se é vento ele também

segunda-feira, 31 de março de 2014

trova 78

sinto a música do vento
calada à força e tortura
tento entender e lamento
maldita desdita dura

sábado, 29 de março de 2014

trova 77

de fábrica alguns defeitos
da estrada a quilometragem
e nos sonhos imperfeitos
a pista de aterrissagem

terça-feira, 25 de março de 2014

sexta-feira, 14 de março de 2014

trova 76

que me faça diferente
e me deixe mais sutil
e camufle toda a lente
e me tenha por ardil

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

sábado, 15 de fevereiro de 2014

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

domingo, 19 de janeiro de 2014

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Folha

Rio rabisco converso
e como o teu branco enfim...
Pergunto perto do fim
- o que vem depois do verso?

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014